24 de dezembro de 2009

TELA BRANCA DE NATAL


Um trio de nevões, no espaço de uma semana, lançou o caos em dois distritos de Trás-os-Montes com meios manifestamente insuficientes para fazer face a intempéries brancas paisagísticas

O primeiro nevão de 2009, nos distritos de Bragança e Vila Real, aconteceu no dia 16 de Dezembro. A região transmontana acordou, para surpresa de muitos incautos e dos menos atentos à cobertura noticiosa dos vários órgãos de comunicação social, investida por um manto branco. A neve começou a cair por volta das 5 da manhã, de forma intensa e agreste, o que obrigou ao encerramento das escolas no concelho de Bragança e de serviços como a cantina da Segurança Social, já que, as suas cozinheiras são de aldeias próximas à cidade.
A Câmara Municipal de Bragança (CMB), em comunicado, justifica a suspensão das aulas com o condicionamento da mobilidade nas estradas da região, o que impediu os transportes urbanos e escolares de circular nas estradas.
“Efectuada uma avaliação conjunta com as forças de segurança, bombeiros e conselhos directivos das escolas, o Serviço Municipal de Protecção Civil decidiu suspender as aulas por não estarem reunidas as condições mínimas de segurança”, refere a autarquia no documento enviado à comunicação social.


O segundo nevão tomou a cidade de assalto na madrugada do primeiro dia oficial de Inverno, a 21 de Dezembro. A circulação em algumas estradas ficou condicionada, nomeadamente, e à semelhança do primeiro nevão, o IP4 esteve encerrado durante a noite. A segunda-feira amanheceu vestida de branco e a EN315, na zona de Bornes, criou dificuldades às autoridades, estando cortada durante a manhã.
A Protecção Civil, apesar de ter espalhado sal nalguns dos pontos mais problemáticos da cidade de Bragança, não conseguiu impedir a retenção de certos veículos, sobretudo, nos bairros limítrofes e aldeias circundantes, onde as baixas temperaturas originaram formação de gelo.
Quem saiu mais prejudicado foram mesmo os feirantes, cuja feira do dia 21, que antecede o Natal, é a mais lucrativa do ano para muitos dos que nela participam. Assim, e mesmo havendo alguns que tinham chegado a Bragança no Domingo, apenas um “montou a tenda”, enquanto que, outros que decidiram vir no próprio dia, ficaram presos no IP4. Ainda reuniram com o presidente da CMB numa tentativa de combinarem uma nova data para a feira que antecederia o Natal, mas Jorge Nunes não aceitou a data da consoada para realização da feira, ficando esta sem efeito devido às condições climatéricas.


O terceiro nevão aconteceu uma semana após o primeiro, também na madrugada de quarta-feira, por volta das 4 da manhã, surpreendendo as autoridades de Protecção Civil Distrital pela sua imprevisível intensidade, o que obrigou ao corte de varias estradas na região deixando a cidade de Bragança praticamente isolada.
“Os meios estavam pré-posicionados, estava tudo a correr conforme planeado, mas nevou com muita mais veemência do que aquilo que prevíamos” refere o comandante distrital da Protecção Civil de Bragança, Melo Gomes.
A neve deixou também alguns automobilistas retidos ao quilómetro 198 do IP4, junto ao Alto de Rossas e no troço que circunda a cidade de Bragança.
“A caminho estão veículos 4X4 dos bombeiros para auxiliar alguns automóveis que estão com dificuldades e o limpa-neves está a fazer o percurso inverso para liberar o percurso”.

Acentuam-se as críticas à falta de meios de emergência no terreno

Muitas pessoas deslocam-se das aldeias para Bragança em trabalho e a falta de meios é tão evidente nas estradas nacionais que esses trabalhadores ficam impedidos de chegar à cidade. É o caso da Estrada Nacional 217, entre Bragança e Mogadouro, uma via que serve várias aldeias do sul do concelho, como Paredes, Faílde e Carocedo.
"A segunda vez que nevou, contactei a Estradas de Portugal para que o limpa-neves pudesse passar na EN217, foi-me dito que sim, que iria passar, o que é certo é que ninguém o viu", refere Dinis Garcia, presidente da junta de freguesia de Faílde. Num segundo contacto com a Estradas de Portugal, foi-lhe garantida novamente a passagem do limpa-neves, mas “mais uma vez não passaram, nem tão pouco deitaram sal na via com o intuito de tentar desimpedi-la. Parece que fomos esquecidos", critica o autarca.

No dia 23, pela manhã, outro bebé nasceu no IP4 quando estava a ser transportado para o Centro Hospitalar do Nordeste, em Bragança. O nevão que se fez sentir anteriormente, foi suficiente para, dadas as dificuldade de circulação, obrigar à realização do parto em pleno itinerário principal.
Oriunda de Valpaços, a parturiente começou por ser transportada para o Hospital de Vila Real, no entanto, a ambulância, devido a corte no IP4, foi obrigada a alterar a trajectória para a maternidade de Bragança. Em trabalho de parto, o INEM recebeu o alerta por volta das cinco e meia da manhã e foi accionada a ambulância de Suporte Imediato de Vida (SIV), estacionada em Mirandela. De seguida, e já com a grávida a bordo, a ambulância dirigiu-se para a cidade de Bragança, mas junto a Carvalhais, na saída de Mirandela, o bebé nasceu. Eram 7:15.
Como o trânsito estava cortado perto de Macedo de Cavaleiros, a Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) de Bragança foi enviada para prestar auxilio, mas só chegou cerca de duas horas meia depois, com a ajuda de um limpa-neves que abriu caminho. Também os corpos de bombeiros de Macedo de Cavaleiros e de Bragança, actuaram no local com diversos meios de socorro.
A parturiente acabou por perder sangue durante o parto e, devido a complicações meteorológicas que atrasaram todo o processo, sofreu algumas hemorragias, sendo transportada com o bebé para o hospital de Bragança.
No presente, a mulher de 24 anos que deu à luz, bem como a sua recém-nascida, uma menina, estão em perfeitas condições físicas, segundo fonte do Centro Hospitalar do Nordeste.



CHOQUE FRONTAL


Três feridos enviados, de imediato, para o hospital após acidente violento

Duas viaturas embateram frontalmente, no dia 15, em Bragança, após tentativa de ultrapassagem de uma terceira, que acabou por ser envolvida no acidente, na sequência da primeira colisão. Apesar do aparato e dos elevados danos materiais, registaram-se apenas três feridos ligeiros.
Na Rua Alexandre Herculano, perto das 17:40, um Seat Ibiza preto de 2008, que ia no sentido da Flor-da-Ponte, parou mesmo em frente à Galp, alegadamente, para deixar um passageiro. Outra viatura, um Citroen C4, que trazia um casal, vinha da mesma direcção e, ao aproximar-se, tentou a ultrapassagem. No entanto, um taxi de marca Skoda vinha em sentido contrário. Resultado: um choque frontal entre ambas as viaturas. O taxista, assim como o casal que se fazia transportar no Citroen, foram rapidamente transportados para o hospital, dada a violência do choque frontal.
No local, e conforme informações prestadas pela PSP, os três envolvidos, apesar de visivelmente abalados, tiveram apenas ferimentos ligeiros e foram encaminhados para a unidade hospitalar nos 15 minutos que se seguiram. Entretanto, a PSP teve de cortar a Rua Alexandre Herculano nos dois sentidos, enquanto os carros que ocupavam a via não eram removidos.

DETIDO POR TRÁFICO DE PESSOAS

Bebés de cidadãs búlgaras eram vendidos por dois mil euros a casais franceses

O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) anunciou a detenção, em Bragança, de um indivíduo procurado na Europa por tráfico de pessoas. O cidadão, oriundo do Leste Europeu, foi detido sexta-feira, 11 de Dezembro, no âmbito de uma acção articulada entre a delegação de Bragança do SEF e o Centro de Cooperação Policial e Aduaneira de Quintanilha.
Segundo a Agência Lusa, sobre o búlgaro pendia um mandado de detenção europeu, emitido pela França, para efeitos de extradição. De acordo com o comunicado do SEF, "o detido foi presente a tribunal para efeitos de conclusão do processo de extradição e posterior entrega às autoridades francesas a fim de cumprir cinco anos de prisão pelo crime de tráfico de pessoas".
O SEF refere que "ficou provado" que este homem era motorista de um autocarro que transportava cidadãs búlgaras em fase final de gravidez para França, de modo a que os bebés nascessem já naquele país, onde "eram vendidos a casais franceses", por dois mil euros. Alegadamente, seria também ele a receber o dinheiro da venda.
O estrangeiro "foi julgado à revelia pela justiça francesa, na sequência de uma investigação levada a cabo pelo Serviço Central de Combate ao Tráfico de Seres Humanos francês".



PAIS NATAL BENEMÉRITOS


Estudantes do Politécnico vestem de vermelho para distribuírem bens necessários aos mais carenciados

Já passava das 15 horas quando os alunos se reuniram no Instituto Politécnico de Bragança, terça-feira passada, para receberem os fatos de Pai Natal providenciados pela Associação Académica para o desfile nas ruas da cidade. A cada aluno foi dada a liberdade de poder escolher entre contribuir com géneros alimentícios, roupa ou brinquedos, transportados de forma original dentro de uma carroça puxada por um burro e que, no final, foram entregues a instituições de carácter social.
Segundo o presidente da Associação Académica do Instituto Politécnico de Bragança (AAIPB), Bruno Miranda, foram distribuídos mais de 500 fatos de Pai Natal, mas muitos alunos foram-se perdendo pelo caminho, antes de chegarem ao destino. “Coube a cada um decidir a forma como iria participar na ajuda às várias instituições de solidariedade social, nomeadamente, a APADI, Entre-Famílias e Casa do Trabalho”, explicou o responsável.

O desfile de Pais Natal tomou o seguinte trajecto: após sair do Politécnico, o grupo natalício entrou na Av. Sá Carneiro, perto das Cantarias, fez toda a avenida até chegar à Praça Cavaleiro Ferreira, descendo a Rua Almirante Reis e terminando na Praça da Sé. Foi neste marco histórico da cidade de Bragança que se celebrou efusivamente esta época festiva e onde decorreu a entrega simbólica dos donativos, com as instituições e alguns dos seus utentes a marcarem presença.
“Houve estudantes que ofereceram dois ou três géneros alimentícios, outros trouxeram roupas e alguns vieram com brinquedos. Mas o que se reuniu em maior número foi, efectivamente, comida”, adiantou o dirigente.

Esta iniciativa, a primeira na cidade de Bragança levada a cabo pela comunidade estudantil do Politécnico, foi divulgada por “palavra passa palavra”, conta Bruno Miranda. “Foi a maior mobilização conseguida, com cerca de 300, 400 alunos que se preocupam, de facto, em ajudar o próximo. Queremos simbolizar, com este pequeno gesto, uma época natalícia onde possamos servir de inspiração para que, nos anos vindouros, outras instituições empossem dinâmicas semelhantes, mas com uma outra dimensão”.



ARTE ANCESTRAL


Exposição de pintura “Máscaras Rituais do Douro e Trás-os-Montes” de Balbina Mendes

Muito público fez questão de comparecer e lotar o Centro Cultural de Bragança (CCB), a 1 de Dezembro, dia da inauguração da exposição de pintura e do lançamento do livro com o mesmo nome, “Máscaras Rituais do Douro e Trás-os-Montes”.
Numa exposição patente até 30 de Janeiro no CCB, Balbina Mendes demonstra, de forma artisticamente arrojada, o seu cunho pessoal numa colecção de obras que impressiona pelo talento e ousadia da sua criadora. “O artesão é o verdadeiro artista. Eu apenas faço a reinterpretação”, revela humildemente esta autêntica Mulher do Norte.
Um dos 40 quadros desta colecção, o “Mascararte”, trata-se de uma homenagem de Balbina Mendes “à grande iniciativa que a Câmara Municipal de Bragança tem tido ao promover a Bienal da Máscara.”

Natural de Miranda do Douro, a pintora transmontana decidiu retratar em tela vivências e pensamentos vindos de infância através de cultos e rituais que emanam da simbiose entre o sagrado e o profano, enraizados na tradição de máscaras e caretos do norte de Portugal. Vem daí a origem do nome da própria exposição, “Máscaras Rituais do Douro e Trás-os-Montes”, em que as máscaras nela retratadas se mostram ao povo nas “antiquíssimas festividades do solstício de Inverno ou do Carnaval.”
“No dia 26 de Dezembro, quando assisti à saída do Chocalheiro e ao percurso que ele tomava pela aldeia de Bemposta, fiquei tão fascinada! Embora já tivesse o conhecimento, a vivência e a proximidade deste mundo das máscaras, decidi pintar uma exposição só focada neste tema, dado o património riquíssimo, sobretudo, do concelho de Bragança e das suas inúmeras freguesias”, desvenda a autora a nascente da sua  inspiração.
Depois de memórias de tradição, esta arquétipo de artista sentiu na vontade a época ideal de transmitir para as telas um mundo secular, intimidante, por vezes, mas sempre “provocador, garrido e mordaz”.




21 de dezembro de 2009

150 ANOS DE CRUZ VERMELHA

Empossada nova direcção da Cruz Vermelha de Bragança que pretende construir um lar residencial para idosos

A novidade foi avançada por Joaquim Queirós, que trabalhou durante estes últimos dois anos em termos de comissão administrativa, durante a sua tomada de posse como presidente da delegação de Bragança da Cruz Vermelha Portuguesa, para o próximo quadriénio 2009-2013.
A perspectiva da nova direcção é continuar a incrementar o trabalho em pilares estruturantes da instituição, que são o voluntariado e o socorrismo, sobretudo, de proximidade, na vertente de área rural.
“É vontade desta nova direcção arranjar estruturas físicas diferenciadas da actual sede, para que outras respostas sociais possam acontecer, mas ainda estamos numa fase muito inicial. Ainda não há qualquer estudo, mas andamos a estudar hipóteses de âmbito social, onde terão de existir parcerias com a Segurança Social e outras entidades da cidade e do concelho que nos ajudarão a dar esse passo em frente”, afiança o recém-eleito presidente, Joaquim Queirós. “Será talvez mais para a população idosa, uma resposta social de lar residencial ou unidade de cuidados continuados”, conclui.
O Movimento Internacional da Cruz Vermelha cumpre, em 2009, um século e meio de auxílio ao próximo, uma instituição que tem prestado um contributo deveras significativo a toda humanidade, sobretudo, em alturas de conflito e catástrofes naturais.

Uma exposição em Dezembro, no Mercado Municipal de Bragança, abordará a temática elucidativa dos 150 anos da Cruz Vermelha e da ajuda prestada na 1ª Guerra Mundial, já que, se cumprem 95 anos passados desde o conflito bélico que envolveu as grandes potências da época.
Na cerimónia, que decorreu no Auditório Paulo Quintela, estiveram presentes diversas personalidades, quer da cidade, como o presidente da Câmara Municipal de Bragança, Jorge Nunes, quer a nível nacional, como Pimenta Araújo, assessor do Presidente Nacional da Cruz Vermelha Portuguesa.

17 de dezembro de 2009

DIVERSÃO ARMADA


PaintBall, besta e tiro com arco apaziguaram um dia repleto de aventura e adrenalina

No dia 5 de Dezembro, os 24 participantes madrugaram para um dia cheio de acção no ponto-de-encontro do Clube de Caça e Pesca. A manhã não inspirava grande confiança, frio entre a chuva que caía amíude e a lama que se fazia sentir. Servia de consolo a jovens e graúdos o facto de empunharem uma “arma” (marcador) com a qual podiam e desferiram golpes certeiros contra os “alegados” adversários. Programadas várias actividades para um sábado repleto de entusiasmo, o paintball ocupou grande parte da quota horária, bem até à hora de almoço, quando se obtiveram os vencedores, depois de duas eliminatórias que deram acesso à final. André Sendas, Filipe Quina, Mário Lopes, Pedro Minhoto, Rui Santos e Sérgio Pereira, venceram aguerridos tamanha competição, onde o gás teimava em falhar. Depois de descobertos os primeiros classificados, ao redor da lareira, uniram-se vencedores e vencidos, num ambiente acolhedor, para saudar o espírito de convívio. Um cozido à portuguesa, a lume brando, e regado a bom tinto, e um diploma para os inscritos como digestivo, aguentou as hostes para uma tarde que se adivinhou preenchida.
As cartas aguentaram os inscritos e amigos dentro do Clube de Caça e Pesca, mas outros fizeram frente ao anoitecer e aventuraram-se com as armas do antigamente, besta para uns, arco e flecha para outros. Mas todos satisfeitos, quer acertassem fora, ou dentro, do alvo... O dia só acabou para alguns, muito depois da noite chegar!

A equipa vencedora após uma manhã de combate "sujo"


Carlos Mendes, presidente da Associação Torriense de Lutas e Desportos Radicais (ATLDR), é o proprietário da empresa, sedeada na Torre de D. Chama, que permite às pessoas com iniciativa levar a bom porto este tipo de actividades. “Para além do Paintball, desenvolvemos actividades que passam por montanha, rappel, slide e tiro com arco”, explica o também Mestre de PANKRATION, uma arte de combate grega que vinga desde 600 a.c. e que, na Antiga Grécia, era uma das principais modalidades dos primeiros Jogos Olímpicos.





Uma das três mulheres que participou foi a última a ser eliminada de um equipa inteiramente masculina.
Em baixo, a receber o merecido diploma.


GLAMOUR EM VOZ REVELAÇÃO

Pela primeira vez em Bragança, a mc voz revelação 2009 e capa da Inpeople Magazine

Mc-Angel é uma jovem cantora com um estilo provocador e sofisticado, uma voz limpa e bem colocada, que acompanha um house marcadamente comercial, mas sempre com um sorriso rasgado nos lábios. Na sua estreia em Bragança, mais concretamente, no Moda Café, o público fez notar o seu agrado perante uma hora de actuação descontínua. Sábado imperou o glamour, a sensualidade e o atrevimento vocal, para além de momentos originais, quer em live act, quer como mc em vários hits das pistas de dança.
Com um dinamismo implícito, onde a dança tem um lugar de destaque, a sua performance transpirava uma energia presencial muito própria e desenvolvida no quase um ano e meio de estrada, onde actuou em casas como Estado Novo, Green Hill e Pachá de Ofir, entre muitas outras, de Norte a Sul do país.

Com um projecto iniciado no Verão de 2008, Mc-Angel viu-se distinguida por alguma da crítica nesse mesmo ano, como a voz feminina revelação do house nacional. Depois da sua primeira tournée, Ambition Tour, participou na Oporto Beach Party, em Julho de 2008, lado a lado com Bob Sinclair e Tiesto, djs internacionais da dance scene numa vertente mais comercial.
Em Novembro, após convite da Noite.pt para a celebração de uma década de existência, Mc-Angel fez a abertura da CD Tour 10 anos, onde actuou com o dj Hallux e o percurssionista Denny Beats. Em Maio de 2009, no seguimento de uma proposta da INpeople Magazine, integrou o elenco da tournée 10 clubs 10 cidades.
No balanço do seu primeiro ano, de Junho de 2008 a Junho de 2009, esta cantora oriunda de Espinho, agendou 78 datas.







11 de dezembro de 2009

GASTRONOMIA MICOLÓGICA

I Jornada Gastronómica Micológica de Vimioso encheu muitas barrigas e superou quaisquer expectativas

Uma sopa deliciosa de dois champinhões (agaricus bisporus e agaricus “portobelo”), bacalhau com natas e míscaros (boletus edulis) e de sobremesa, ananás flamejado com compota de pé azul (lepista nuda). Esta foi a refeição que encerrou, ao almoço, a Primeira Jornada Gastronómica Micológica na albergaria “A Vileira”, em Vimioso, levada a cabo entre 28 de Novembro e 1 de Dezembro, com o apoio da Associação Micológica “A Pantorra”.
Numa iniciativa inédita na vila, estiveram, em média, cerca de 80 pessoas por cada um dos três primeiros dias, vindas de Espanha, do porto, Mogadouro, Guimarães, entre outras localidades.
No final, o proprietário da albergaria e mentor desta primeira jornada, Luís Garcia, faz um balanço deveras positivo, mas desabafa, “gostaria que a nossa matéria-prima conseguisse ser transformada na região, para não termos de comprar em Espanha ou importar produtos que são nossos. As pessoas andam no campo na apanha e depois vendem aos de fora, porque aqui não há quem se dedique à elaboração e confecção de pratos”.
A partir de agora, vai ser diferente, garante o proprietário, pois muitos dos pratos que por Vimioso passaram e foram reis nesta primeira jornada, serão adoptados n’A Vileira. De acordo com Luís Garcia, esta actividade é para continuar, pelo que vai transmitir “a sua aprendizagem pessoal” aos seus colegas hoteleiros e realizar umas segundas jornadas com outra dimensão. “Não tinha ideia das potencialidades dos cogumelos e fiquei verdadeiramente abismado”, reconhece o proprietário da albergaria, que festejou o seu aniversário em dia de encerramento.

Segundo Xavier Martins, presidente da Associação Micológica “A Pantorra”, presente no almoço de enceramento, “A Vileira pediu o nosso acessoramento a nível de sugestões de ementas e algumas receitas. Nós prestámos a nossa colaboração no sentido de divulgar a micogastronomia e dela foi tirado o melhor proveito. Dentro de um leque de receitas possíveis, aproveitando os cogumelos da época, este foi um resultado 100% conseguido”, explicou o dirigente.
Numa década de existência, “A Pantorra” tem desenvolvido diversas actividades relacionadas com a divulgação e inventariação de cogumelos existentes na nossa região, em especial, no Parque do Douro Internacional, Parque Natural de Montesinho e a área protegida do Azibo e Monte Morais.

Xavier Martins e sua esposa, a docente universitária Marisa Castro e investigadora emicóloga especializada


No primeiro dia, na abertura, houve uma actuação do Rancho Folclórico de Vimioso. Já no encerramento, foi a vez do Grupo “Anda Camino” tocar os presentes com música das Terras de Miranda, numa performance digna de registo.