2 de março de 2011

“UMA SITUAÇÃO DE ILEGALIDADE”

Sindicato da PSP reivindica cumprimento das leis e manifesta-se contra falta de efectivo e média de idades dos polícias

A Associação Sindical dos Profissionais da Polícia de Segurança Pública (ASP/PSP) realizou, na quinta-feira passada, um plenário no Comando de Bragança. Esta iniciativa, que vem no seguimento de outras desenvolvidas por todos os Comandos distritais da Polícia, pretende exigir que o Governo cumpra o Estatuto Profissional da PSP que entrou em vigor a 1 de Janeiro de 2010.
“A grande maioria dos profissionais estão colocados nas velhas posições remuneratórias que diziam respeito ao anterior estatuto e no que entrou em vigor a 1 de Janeiro de 2010, que revogou o anterior, estão colocados um número reduzido de profissionais”, referiu o presidente da ASP/PSP, Paulo Rodrigues.
“Aquilo que exigimos é que o Governo cumpra a lei. É inadmissível que um Governo crie uma lei e seja o primeiro a não a cumprir. Criou-se uma situação de ilegalidade”, defendeu o responsável, devido à existência de duas tabelas remuneratórias.


No que concerne ao Comando da PSP de Bragança, a ASP/PSP manifestou especial preocupação com a elevada média de idades do efectivo, perto dos 50 anos de idade. Uma questão de particular importância, de acordo com o Sindicato, tendo em conta a mobilidade da criminalidade violenta e organizada. Uma situação agravada pela falta de efectivo. “O caso de Bragança é de facto um exemplo quanto à falta de efectivo. É importante repor o efectivo para dar resposta às necessidades da PSP e dos cidadãos em matéria de segurança”, afiançou Paulo Rodrigues.
Quanto à elevada média de idades, a rondar os 50 anos, o sindicalista é peremptório em afirmar: “é uma situação preocupante e extremamente complicada de gerir em termos de recursos humanos. Este Comando deve ser rejuvenescido com novos elementos”.
No âmbito da luta pelo cumprimento da legalidade por parte do Ministério da Administração Interna para com os Polícias e a PSP, ao plenário seguiu-se a entrega de uma Moção no Governo Civil de Bragança.
De salientar que, a nível nacional, a ASPP/PSP possui 11020 associados, isto é, cerca de 52 por cento do efectivo da polícia. Em Bragança, essa percentagem atinge os 65 por cento.


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