25 de agosto de 2012

SÓ FALTOU POVO!

Mega operação da GNR “impediu” que a Fashion Party de Miranda do Douro fosse um autêntico sucesso.

Okan Yasin, o duplo oficial do célebre compositor e cantor norte-americano Pitbull, Anne Queen, intérprete nacional do hit de Verão, “I Wanna”, em palco com o dj Stefano Bulgar, produtor do mesmo tema, foram os artistas publicitados como sendo  os principais atractivos da primeira Fashion Party realizada no Pavilhão Multiusos de Miranda do Douro. Para além dos protagonistas convidados e dos djs Big Master M, de Vila Real, e Murphy,  duas repórteres da revista erótica “Penthouse”, mais duas bailarinas e um bailarino evidenciaram outros interesses através dos seus atributos físicos que deram toques de exotismo e sensualidade à movida nocturna de um recinto exterior especialmente concebido para o efeito e que se pretendia repleto de gente. Com quatro bares e segurança quanto baste, 16 mil watts de som elevaram a batida. Enquanto que, 10 robôs, 8 barras led, 4 strobs e 3 lasers, complementaram o cenário de luz artificial, que contrastou com a beleza natural das “poucas, mas boas” representantes do sexo feminino presentes.
 


E numa noite, supostamente, reservada à celebração da moda, do Verão, do amor e da amizade, todos os discos conjugados teriam dado uma mistura perfeita, não fossem outros os planos das forças policiais aquém e além fronteira. Com um avultado investimento de oito mil euros, a principal responsável pela organização da Fashion Party ficou indignada com o comportamento “exagerado” da GNR que, nessa madrugada, actuou em consonância com a “Guardia Civil” espanhola. “Cercaram a cidade e a festa. Estiveram no acesso ao pavilhão até quase às 6 horas e nós tínhamos licença para operar até às 8 da manhã. Claro que assustaram toda a gente. Foi uma pouca vergonha”, expressou Maria Penascais.
“Tentamos dinamizar a cidade com projectos interessantes e a polícia que é que faz? Favorece o governo nas suas políticas de desertificação. Como é que depois querem que as pessoas venham para o interior se aqui são perseguidas como criminosas só por se tentarem divertir?”, sustentou, revoltada, a também proprietária do Rochedo Bar, um dos espaços noctívagos mais concorridos daquela região transfronteiriça.

 
Realizado no sábado transacto, o evento contou, ainda, com a participação elogiosa do Clube TT Miranda-AN-Ruodas, que disponibilizou vários jipes e motas eficientemente colocados ao ar livre, em redor do recinto, criando a ilusão de um cenário mecânico e futurista, cuja banda sonora é a house music com a sua batida vinda dos primórdios, dos tambores artesanais de origem selvagem e primitiva.

 

 

 
 
 
 

19 de agosto de 2012

MIRANDA EM FESTA NO DOURO

Freestyle com Paulo Martinho, Stone Age e passeio de domingo pelas aldeias do concelho foram, apenas, alguns dos momentos d`ouro da segunda concentração motard em território mirandês.

Desde a sua fundação, há dois anos atrás, esta é já a II Concentração Motard consecutiva organizada pelos Cartolicas Zinantes. O clube motard, cujo nome peculiar já transbordou as afamadas margens mirandesas, atraiu largas dezenas de motards àquela terra fronteiriça banhada por um dos mais belos rios de Portugal, o Douro. E de 10 a 12 de Agosto, a tão publicitada crise não serviu de desculpa para aquelas bandas. Com a Feira do Artesanato a decorrer em simultâneo, a cidade estendeu o convite a milhares de pessoas que não se fizeram rogadas, pois sabem e atestam por experiência própria que Miranda sabe receber como ninguém, fazendo sentir tão bem-vindos os forasteiros como se em sua própria aldeia, vila ou cidade estivessem.
Apesar de sexta-feira ser sempre um dia mais tranquilo, a verdade é que sábado a concentração surpreendeu pelo interesse e movimento criado em torno das duas rodas. Com livre-trânsito para todos, ao contrário da XXII Concentração de Bragança, ou seja, sem pagamentos de qualquer espécie, motards, emigrantes, locais, turistas ou simples curiosos entravam e saíam livre e gratuitamente do espaço destinado à concentração, situado em frente a um dos bares mais conceituados da região, o Rochedo, e onde iria decorrer, mais tarde, o freestyle, o concerto e o strip feminino.


Depois do passeio nocturno por volta das 22:30, em que participaram mais de uma centena de motas, seguiu-se um show de freestyle protagonizado pelo conhecido stuntman Paulo Martinho que, infelizmente, não esteve num dos seus melhores dias. Depois, foi a vez da banda brigantina Stone Age tomar o palco de assalto perante uma vasta multidão que não conseguiu resistir ao apelo da concentração. No cartaz estava o nome de um outro grupo musical, Matson Band, mas uma lesão na coluna do baterista impediu o concerto inicialmente previsto. Para encerrar uma noite que se queria de calor e festa, uma bailarina erótica, mais vulgarmente conhecida por stripper, deixou os olhos em bico, o peito tremido e água na boca à numerosa assistência, sobretudo, mas não exclusivamente, masculina, que por ali ia desfrutando de uma sensual mulher em trajes menores.
No concluir do programa, domingo à tarde, deu-se o passeio “Rota das aldeias” com paragem agendada para uma localidade vizinha, Atenor, onde o “reabastecimento” incluiu o inevitável lanche regado a preceito. No regresso à base, Miranda do Douro, o convívio terminou com a habitual despedida nostálgica dos motards. “O ambiente aqui é sempre muito bom e espero que a concentração do próximo ano seja ainda melhor”, confessou um amante das duas rodas.


O principal responsável pela entidade organizadora do evento (na foto, em cima), rolou os seus argumentos em jeito de balanço final. “É bastante positivo e tendo em conta a situação social e económica do país, acho que está a correr muito bem, superior mesmo ao ano transacto”, avaliou Armandino Pires que, de todo o cartaz, optou por destacar o “convívio saudável” entre todos os motards no sábado à noite e o passeio de domingo pelas aldeias do concelho.
Quanto ao facto da Concentração de Miranda ser coincidente na data com a de Bragança, o dirigente máximo dos Cartolicas Zinantes garantiu que essa é uma falsa questão.  “Há um relacionamento muito saudável entre nós e Bragança. Este ano, houve uma confusão e quando nós apercebemos já era tarde para alterar o calendário. Agora, vamos tentar evitar que isso volte a acontecer, até porque a data pertence, salvo seja, a Bragança”, desvalorizou o presidente do Motoclube.


18 de agosto de 2012

SALVA PELO PASSEIO

A 22ª concentração de Bragança recebeu muitas críticas, mas o desfile nocturno de motas no sábado foi memorável. 

Talvez com menos gente do que qualquer outro ano, a XXII Concentração Internacional de Bragança começou a sua programação oficial na sexta-feira com duas horas de atraso. O espectáculo de freestyle com Ricardo Domingos, mais conhecido por Arrepiado, que deveria começar às 22 horas, teve início quando faltavam dois minutos para a meia-noite. Para quem conhece este jovem que faz dos shows de stunt riding um modo de vida, ele não surpreendeu. Foi, simplesmente, igual a si próprio. Um entertainer, one man show ou, se preferirem, um autêntico circo ambulante para os entusiastas das duas rodas que nunca saiem de um espectáculo seu com as expectativas defraudadas. Sobejamente conhecido por terras nordestinas, considerado quase como que prata da casa, Ronaldo Freitas foi o outro stuntrider de sábado com a acrobática tarefa de invocar a adrenalina  para o espaço envolvente às piscinas do Académico. Uma noite que, à semelhança de sexta, terminou com os corpos nús e semi-nús das strippers que foram tirando a pouca roupa que traziam consigo ao som de temas por elas previamente escolhidos.   
Quem não achou piada nenhuma ao preço das entradas foram muitos dos motards presentes na primeira noite. Alguns chegaram mesmo a ficar revoltados com a discrepância no valor dos ingressos. Isto porque, quem entrava a pé no recinto tinha, apenas, de pagar cinco euros. Enquanto que, quem optou por levar a mota para dentro, teve de pagar 15 euros. Este facto fez com que muitas das motas ficassem estacionadas à entrada e, o interior do recinto, ficasse quase despido das duas rodas. Uma questão que o presidente do Motocruzeiro, entidade organizadora do evento, admite ser repensada. “Os 15 euros não era para trazerem só a mota. Também levaram uma tshirt, o pin e mais umas lembranças. Agora, a verdade é que foi uma opção que não foi minha em concreto, mas foi decidido assim. Às vezes há que fazer mudanças e vamos analisar essa situação”, explicou Francisco Vara.


No sábado à tarde, as coisas também não melhoraram mais, devido, quer aos poucos inscritos nas provas de arranque, quer à fraca moldura humana presente. De noite, o público compareceu à chamada acorrendo em massa ao recinto. Mas, diz quem lá esteve, que o espírito motard estava “em baixo”. 
Salva pelo gongo ou, melhor, pelo passeio. Foi, sem dúvida, o momento alto da XXII Concentração de Bragança, que cada vez tem menos de “Internacional”. Centenas de motas desfilaram por algumas das principais artérias da cidade para gáudio de muitos que puderam assistir à passagem das motas.
A forte presença policial também pareceu incomodar grande parte dos motads, que a consideraram algo pesada. Força essa que, só na noite de sexta-feira fez deslocar três carrinhas, mais um carro patrulha, para o acesso principal da concentração.

Ricardo Domingos “Arrepiado”, Stunt rider

“Se eu não estou enganado, a primeira vez que vim a Bragança foi em 2001 para fazer o Campeonato de Freestyle. Depois, a partir daí, basicamente, temos vindo todos os anos. Mas, em 2009, foi o último em que estive presente. Nos últimos três anos temos realizado um evento na Alemanha e como as datas são coincidentes não tivemos a possibilidade de vir cá.  Como este ano esse evento foi antecipado uma semana, estamos aqui para animar.
Comparando com 2001, esta concentração acaba por ser um bocadinho mais fraca, mas tanto aqui em Bragança como nos outros clubes e organizações. Penso que seja a crise também. As pessoas, antigamente, num ano, faziam quatro ou cinco concentrações e, agora, optam por fazer, apenas, uma ou duas. Motards, se calhar, há menos aqui, mas a população em Bragança aparece sempre em bastante número.” 


TESTEMUNHOS MOTARDS

Luís Durão, 35 anos
“Pelo que vi até agora, parece que está bem pior do que em edições anteriores. Embora nos outros anos, isto já estivesse muito mau também. Se o objectivo é acabarem com a concentração estão no caminho certo.”

Bruno Soeiro, 30 anos 
“Este ano, para mim, está muito fraca em relação a outros anos. Eu já vi isto muito melhor. Poderiam ter apostado em condições que fossem mais atractivas, para voltarem a chamar as pessoas que vinham antigamente.”

Bruno Fernandes, 30 anos 
“Está um bocadinho fraca. Inscrições caras e mesmo polícia e tudo o mais. É um bocado chato. Acho que era de evitar porque é um dia de diversão e a polícia era escusada. Pelo menos, no interior do recinto. Até dá medo!” 

Casimiro Pereira, 36 anos 
“Acho que isto está cada vez pior. Para a crise que está, os preços são muito altos. Pagamos 15 euros para trazer a mota para o recinto e isso devia ser gratuito. A concentração é para os motards, mas são as pessoas sem mota que pagam 5 euros.”

Ricardo Domingos aka "Arrepiado"


 

17 de agosto de 2012

DESPORTO AO RUBRO NAS PISCINAS

Mais uma iniciativa, desta vez um campeonato de Futvólei, levada a bom porto pelo Académico

Nos dias 9 e 10 de Agosto, o Clube Académico de Bragança (CAB) organizou um campeonato de Futvolei que superou as expectativas iniciais pelo número de participantes. Sem qualquer promoção ou divulgação pela cidade, o torneio contou com 14 duplas inscritas divididas por dois escalões. No escalão A, dos 12 aos 14 anos, houve 4 equipas e os grandes vencedores foram os irmãos Rafael e Miguel Faria. Já no escalão B, a partir dos 18 anos, 10 duplas disputaram o primeiro lugar, que foi conquistado por Jorge e Ice.
“Foi mais um torneio realizado nas piscinas do CAB para manter a diversão e incrementar o desporto. Tivemos bastante aderência, mais do que a esperada. Isto porque não fizemos qualquer publicidade. Se o tivéssemos feito teríamos tido muita mais gente”, sustentou Marta Neves que, juntamente, com Paulo Lourenço, supervisionaram e desenvolveram esta iniciativa.
“Espero que este torneio fique já fixo para os anos seguintes aqui nestas nossas instalações magníficas, pois com a divulgação do torneio poderemos ter mais do que dois escalões”, complementou a jovem e mais recente aquisição do Académico.
Depois deste desporto que já granjeou a sua quota parte de admiradores por terras nordestinas, registado até pelo vasto público que seguiu atentamente o torneio, seguir-se-á um próximo de Giravolei.

As quatro duplas inscritas no Escalão A, dos 12 aos 14 anos. 


9 de agosto de 2012

UM DOMINGO MADRUGADOR

Ricardo Vilela deu o mote aos 25 ciclistas brigantinos que pedalaram nas “6 horas de Bragança em Bicicleta”


Antes da partida, pelas 9 horas de domingo, os cerca de 25 participantes já se robusteciam com um pequeno-almoço ligeiro oferecido pela entidade promotora da iniciativa. Organizada pelo Velo Clube da capital do nordeste, com o apoio da Câmara Municipal, as “6 horas de Bragança em Bicicleta” tiveram como ponto de encontro e partida o skatepark, próximo da Ciclovia do Fervença.
“Esta iniciativa foi inspirado nas 24 horas de Braga, que nós achámos imensa piada, importámos a ideia, adaptámo-la um pouco e fazemos este passeio já há 15 anos. Desde então que temos feito todos os possíveis para manter este passeio activo todos os anos e esta é só mais uma edição”, lembrou o presidente do Velo Clube de Bragança que, na altura, aderiu à estreia, apenas, como participante.
De ano para ano, o circuito é sempre alterado. Enquanto que há dois anos, o Velo Clube decidiu apostar num “circuito alternativo” pela Serra de Nogueira, o ano passado, a organização levou os desportistas pelo Parque Natural de Montesinho adentro permitindo-lhes desfrutar das belíssimas paisagens que fazem parte desta terra que é o Nordeste Transmontano. Já nesta edição, os responsáveis optaram por um circuito mais citadino, numa tentativa de atraírem pessoas menos experimentadas no pedalar ou, pelo menos, não com tanta “rodagem”, providenciando-lhes uma oportunidade de se associarem a esta acção, simultaneamente, recreativa e desportiva. “Hoje vamos fazer uma coisa diferente. Vamos aproveitar o circuito turístico pela Pousada e fazer algo que seja dentro da cidade para as pessoas que, normalmente, praticam ciclismo de uma maneira mais lúdica também poderem participar sem terem que sair muito da cidade”, esclareceu Miguel Rodrigues.


O responsável estendeu o convite a Ricardo Vilela e Flávio Cipriano, dois ciclistas brigantinos que rodam profissionalmente. O primeiro, Ricardo, que depois do estágio na Serra da Estrela se encontra, agora, numa pré-pausa antes da Volta a Portugal, respondeu à chamada. Já Flávio não deu a certeza se viria e acabou por não comparecer.
“Esta não é a minha primeira vez, mas nos últimos anos não tenho podido participar devido à Volta a Portugal. Como este ano a Volta foi adiada por 15 dias e como cheguei ontem do estágio na Serra da Estrela, decidi vir aqui conviver com estes meus amigos”, expressou Ricardo Vilela, cujas expectativas de equipa para a Volta são que o seu colega David Blanco vença e que ele consiga melhor que o 12º lugar alcançado no ano transacto. “Uma boa Volta para mim seria ficar nos dez primeiros ou mesmo ganhar uma etapa”, anunciou o ciclista profissional, que deu a estas seis horas um colorido bem especial.
Seguiu-se um almoço convívio, em parceria com a Associação dos Amigos do Campo Redondo e, sem a qual, confidencia Miguel Rodrigues, “era impossível” levar a bom porto esta iniciativa e à qual aproveitou para agradecer.

Ricardo Vilela



PASSADO E FUTURO

Três juvenis de hóquei em patins do Académico fazem o balanço da época transacta e perspectivam já o próximo campeonato.


Em período de férias, quer da escola, quer da modalidade que praticam, o Jornal Nordeste falou com três hoquistas do Clube Académico de Bragança (CAB). O objectivo era o de partilharem a sua visão sobre o passado e o futuro da equipa de juvenis à qual pertencem.
O hoquista Mário Vaz começou primeiro e traçou o balanço da última época desportiva: “começámos mal e nos primeiros jogos ainda não estávamos bem. Mais ou menos a meio lá começámos a jogar melhor e a ganhar uns jogos. Mas, na recta final, aí sim, estávamos no topo da nossa forma. E acabou por não correr assim tão mal”.
Entre dez equipas, os juvenis do Académico, todos no primeiro ano de juvenis, à excepção de um atleta, conseguiram somente o sétimo lugar. “Não foi bom, mas também não foi muito mau com estas condições. Mas acho que evoluímos bastante ao longo do ano”, analisou Mário.
Outro dos jogadores mais valiosos, mas também mais problemático, com vários jogos de suspensão e algumas expulsões, é Gil Gonçalves (na foto, em cima). “Fico muito nervoso e, por vezes, não me controlo. Sou demasiado impulsivo, mas vou tentar aprender a controlar melhor aquilo que eu sinto”, admitiu aquele que é um dos jogadores mais explosivos e nervosos do plantel academista e, também, o mais encartado. Quanto às perspectivas para o próximo ano, Gil antecipa que “são as melhores”. “Vamos subir para o segundo ano de juvenis e penso que vamos ter mais qualidade. O que nos permitirá subir ao topo mesmo. Penso que a nossa prestação na próxima época será muito melhor do que aquela que nós tivemos na anterior”, revelou, esperançado.
O último entrevistado foi eleito o melhor jogador do Torneio Triangular organizado pelo CAB. Carlos Esteves fez um resumo da época de 2011/2012: “o campeonato poderia ter corrido bem melhor. Perdemos muitos jogos nos momentos finais, fruto da nossa inexperiência, mas penso, também, que fizemos grandes jogos contra grandes equipas”. Relativamente à próxima época, o jogador promete “um bom campeonato” e avisa que o “Clube” se irá orgulhar da prestação da sua equipa. “Os treinos com os seniores ajudam bastante à nossa evolução e, para o ano, com atletas de segundo ano, teremos um conjunto mais maduro e experiente”, antecipou Carlos Esteves, para quem um bom campeonato seria ficar entre os cinco primeiros. Já para Gil Gonçalves e Mário Vaz, mais ambiciosos, seria ficarem classificados nas três posições cimeiras.

Equipa de Juvenis do Clube Académico de Bragança
Treinador: Fernando Sequeira


PELA FELICIDADE DOS PEQUENITOS

Gincana de bicicletas na Praça da Sé levou uma dezena de crianças a testar a sua técnica e perícia.
 

Incluída nas festas da cidade, aconteceu na passada sexta-feira, pelas 21 horas, uma gincana de bicicletas em Bragança, mais concretamente na Praça da Sé. Organizado pelo Velo Clube da cidade capital de distrito, o evento contou com dez crianças e teve a duração de, sensivelmente, uma hora e meia.
“Fazemos isto todos os anos para os miúdos da cidade, mas todas as crianças que quiserem participar são bem-vindas”, revelou o presidente da direcção da entidade promotora da iniciativa. “Normalmente, as crianças que participam têm idades compreendidas entre os quatro e os doze anos. A partir daí, acho que começam a ficar com um pouco de vergonha em querer participar e, sobretudo, de serem batidos pelos mais novos”, continuou Miguel Rodrigues, indigitado desde há quatro anos como responsável máximo pelo Velo Clube de Bragança.
“Temos organizado reiteradamente esta gincana, em que tentamos juntar um conjunto de pessoas de maneira a manter esta iniciativa em pé todos os anos. Desde que eu estou à frente da direcção do Velo Clube, esta é a 4ª edição consecutiva que nós fazemos”, informou.
O número de crianças envolvidas ficou um pouco aquém de anos anteriores, em que chegaram a participar entre 20 a 30 menores. Entrevistado aquando da preparação da pista, antes da gincana, Miguel confidenciava que esperava uma resposta por parte dos pais semelhante à de edições passadas: “nunca é certo o número de crianças que podem vir a participar. Até porque não cobramos inscrições e tudo é feito de forma gratuita. Fazemos isto pela diversão das crianças. Mas, sinceramente, espero atingir os números do ano passado”. Mas nem por isso ficou desiludido com a dezena de pequenos malabaristas. “É sempre gratificante! Eu desde que tenha as crianças felizes durante cerca de duas horas, por mim, estou satisfeitíssimo”, manifestou. 
Os prémios foram iguais para todos os participantes. Houve classificação, mas não com o intuito de diferenciar vencedores de vencidos. O único propósito era o de estimular o espírito competitivo entre as crianças.
Esta iniciativa é, ainda, desenvolvida pelo Velo Clube na única vila do concelho, em Izeda. É feita de igual forma, por esta altura e, de acordo com Miguel Rodrigues, “até tem mais gente que em Bragança”. “Isto serve para mostrar, também, que há vida nas zonas mais rurais. Ou seja, tentamos levar este divertimento às crianças que estão, agora, em período de férias”, concluiu o responsável.



5 de agosto de 2012

DESTINO: FARO

Dezenas de motards brigantinos rumam até ao Algarve todos os anos para aquela que é considerada uma das melhores concentrações europeias de Verão 

Quase vinte mil pessoas passaram pela 31ª Concentraçao Internacional de Motos de Faro, que decorreu entre 19 e 22 de Julho. Da capital do nordeste parte todos os anos, sem excepção, um conjunto de amigos de motards que vive intensamente a paixão pelas duas rodas. O grupo  organizado com cerca de 16 elementos, todos de Bragança, dividiu-se em dois.  Sendo que, o primeiro partiu na quarta-feira, para tratar da logística do acampamento. Este ano, o responsável pela preparação e delimitação do espaço foi o professor António Sá. Com 700 quilómetros sobre o asfalto de Bragança a Faro, o segundo grupo constituído por seis motards partiu na quinta-feira, pelas 9:30, e passou por Lisboa, onde se juntaram mais cinco motards que, apesar de estarem na capital a trabalhar, são transmontanos. Depois de um almoço para retemperar forças na Ericeira, seguiram em conjunto para Faro onde chegaram por volta das 21 horas. Aí reuniram-se com o restante grupo que havia partido antes e que guardou o espaço onde todos pernoitaram durante as várias noites do evento.
Em termos de logística, os motards brigantinos levaram pouco mais que uma tenda e um saco-cama. “Quando chegámos já tínhamos o sítio guardado pelo grupo que foi no dia anterior. Só levámos as tendas e os euros no bolso”, afirmou Rui Martins, que fez o balanço da concentração: “achei que havia menos motas e vi muitos grupos a irem de carro para dividirem as despesas da gasolina e portagens. Faro vale sempre a pena, pois é um local onde vês todo o tipo de gente e é muito interessante. Depois, há excelentes concertos e muita animação”. Para o proprietário de uma Yamaha FJR 1300, a sua noite preferida foi a de sábado, em que actuou Billy Idol. “Foi fantástico!”, referiu Rui, que já marca presença na concentração de Faro há 10 anos, tendo só falhado uma ou duas pelo meio.
Para além do músico britânico, já com 61 anos, estiveram em palco também Apocalyptica, Aurea, GNR, WarCry e Noidz.
Sérgio Afonso foi outro dos motards que partiu na quinta-feira para Faro. “No recinto havia de tudo: restaurantes, concertos, bares, bebidas, não faltava nada. Agora, durante o dia, optávamos por sair e como somos transmontanos, aproveitávamos para fazer praia e íamos para a ilha de Faro”, sublinhou. Dono de uma Honda GoldWing, foi pela primeira vez em 2005, numa altura em que a Concentração de Faro, uma das mais emblemáticas do país, comemorava os seus 25 anos, as suas bodas de ouro.“No próximo ano, voltarei a fazer todos os esforços para poder ir, se bem que a conjunctura está um bocado difícil. Ir a Faro é muito caro, muito mesmo”, destacou. Os dois amigos, Rui e Sérgio gastaram ambos uma média de 500 euros de orçamento para poderem ir à Concentração.  “Este ano, fruto da crise, decidimos fazer a viagem de regresso pelo país vizinho para tentarmos poupar um pouco mais em portagens e também em combustível. Andámos mais 150 km, mas a viagem compensa. Só o facto de ser sempre auto-estrada é que acaba por maçar um bocadinho mais”, concluiu Sérgio, que continua a recomendar ”vivamente” aquela que, para ele e para muitos, continua a ser uma das melhores concentrações a nível internacional.
Os motards Sérgio Afonso e Rui Martins


A PEDALAR PELO CICLISMO



Nomeado: Fernando Gomes (na foto: de camisola vermelha e capacete branco)
Presidente da Associação Team Giant
Idade: 43 anos
Profissão: Professor

Apesar de recente, a Associação Team Giant, sedeada em Bragança, tem já seis atletas na Taça de Portugal e pretende, a curto-prazo, criar uma escola de ciclismo.


ENTREVISTA


1 – Quando é que foi fundada e o porquê da ideia de criar esta associação?


R: A Associação foi fundada a 29 de dezembro de 2011e o porquê? Porque tínhamos um grupo de amigos que queriam andar de bicicleta em conjunto e como não havia nenhuma associação onde nós nos inseríssemos, decidimos criar uma. Até para desenvolver o ciclismo outra vez em Bragança, que era uma coisa que em tempos existiu, mas que estava praticamente morta, e voltar a colocá-lo no lugar que merece.



2 – Explica-nos o simbolismo por detrás do nome “Team Giant”?


R: O nome nasceu de uma brincadeira entre três amigos. Um dia decidimos concorrer a uma prova de orientação organizada pela Associação do Campo Redondo e era obrigatório termos um nome para a equipa. Então, um deles sugeriu que como tínhamos todos bicicletas “Giant” que o nome da equipa ficasse “Team Giant”. E assim foi. A partir daí, quando criámos a Associação decidimos dar-lhe esse nome.     



3 – Apesar de recente, a verdade é que a associação tem, para além de ti, mais cinco elementos a correr na Taça de Portugal XCM SportZone 2012. Quem são e como é que está a correr para eles o campeonato?


R: A correr na Taça de Portugal pela Team Giant estão Luís Mota, Pedro Lopes, Márcia Salvador, Rui Sousa e Rui Martins. Os três primeiros atletas correm na classe de federados e os outros três, onde eu me incluo, na classe de promoção. De todos, neste momento, a Márcia é a que se encontra melhor classificada. Está na 24ª posição. No entanto, tendo em conta que este é o primeiro ano em que entramos numa competição deste género, as restantes classificações são, também, bastante boas.

  

4 – Quais é que são os vossos objectivos enquanto associação a curto prazo?


R: Entre outros, destaco o principal objectivo da Associação que é, dentro de muito pouco tempo, tentar criar uma escola de ciclismo em Bragança. Estamos à espera de uma decisão da Câmara sobre um pedido que fizemos de uma sede para a Associação e, só depois de essa questão estar resolvida, é que iremos, então, procurar criar a escola. Até porque há muitos pais que nos perguntam onde é que podem levar os seus filhos para iniciarem a prática do ciclismo e, actualmente, não existe nada do género na cidade.



5 – Aquilo que existe sim, claramente, é uma tendência crescente por parte de um número cada vez maior de pessoas de voltarem a pegar nas bicicletas. Achas que este fenómeno está de alguma forma ligado ao surgimento da associação à qual presides?


R: Se calhar a associação contribuiu um bocadinho, até porque nós, todas as sextas-feiras à noite desde outubro do ano passado, temos organizado passeios nocturnos que no final têm sempre um convívio, que é tão ou mais importante do que, propriamente, andar de bicicleta. Aos domingos, também nos juntamos sempre e isso faz com que cada vez mais pessoas pratiquem a modalidade em Bragança. Contribuímos como contribuem outras associações, mas acho que viemos a acelerar o processo. Talvez tenha sido a dinâmica que empreendemos com os passeios que fez com que muitas pessoas decidissem voltar a pegar nas bicicletas depois de estarem encostadas tantos anos.   



6 – Constasse que, por vezes, acordais ainda de madrugada para pedalar e depois, quase que directamente, seguis para o trabalho. É assim que funciona?


R: É! Eu posso citar-te o meu caso… Levanto-me muitas vezes por volta das 6:30 para ir dar uma volta de bicicleta e antes das 9 horas estou em casa, já despachado e com o banho tomado, pronto e de saída para o trabalho. E como eu tenho mais colegas meus que fazem, exactamente, a mesma coisa.



7 – Sendo tu um amante da modalidade e um participante da Taça de Portugal, como é que ganhaste esse gostinho pelo pedal e tamanho entusiasmo pela associação?


R: É estranho, mas eu até era amante de futebol. Tanto é que eu só comecei a andar de bicicleta em outubro do ano passado e isto porque tive um problema no tendão de Aquiles. Foi então que o médico ao dizer que nunca mais poderia jogar futebol porque daí poderiam advir outros problemas, me aconselhou o ciclismo como alternativa à prática desportiva. Comprei, depois, uma bicicleta para andar no monte e tenho, neste momento, também uma de estrada. Mas gosto das duas vertentes, se bem que prefira a montanha porque temos paisagens de cortar a respiração. Isso faz com que, por vezes, saia do trabalho e por mais problemas que tenha, o facto de andar de bicicleta faz com que me esqueça de tudo o resto. Agora, que passei a ser um amante do ciclismo é uma realidade.    



8 – Para quem quisesse começar a praticar, que investimento seria necessário e como é que essa pessoa poderia proceder?


R: O investimento necessário poderá ter valores bem diferentes. Algumas das melhores bicicletas poderão atingir os 8 mil euros, enquanto que outras rondam os 150 euros. Por isso, estamos a falar de valores completamente díspares. Agora, para quem vai iniciar, a única coisa que eu recomendo é que seja uma bicicleta que tenha, pelo menos, suspensão à frente. Isto porque se quisermos ir para o monte para nos divertirmos e começarmos a gostar daquilo, a bicicleta terá de ter o mínimo de condições. E existem umas no mercado cujo preço varia entre os 150 e os 200 euros e que conseguem satisfazer qualquer pessoa que esteja a iniciar. Depois, quem gostar da actividade, fará um investimento um bocadinho maior e, aí sim, irá constatar as diferenças abismais entre bicicletas de diferente valor.   



9 – É já no dia 12 de Agosto que terá lugar a I Maratona Medieval. Prova que, apesar do nome, não coincidirá com a Feira Medieval. Houve aí algum desencontro organizativo entre a Associação e a Câmara Municipal de Bragança?


R: Não foi bem um desencontro com a Câmara, até porque estava tudo preparado para a Feira Medieval ser nesse fim-de-semana de 11 e 12 de Agosto. Acontece que o feriado do dia 15, que era para deixar de o ser, afinal, este ano, ainda se manteve. A autarquia decidiu aproveitar o feriado e alterou a data para, assim, a Feira poder durar mais tempo. Como nós já tínhamos tudo preparado para o dia 12, com inscrições feitas e tudo programado para essa altura, optámos por manter a data este ano, tendo a certeza que, em 2013, a Associação Team Giant com o apoio da Câmara Municipal, através de uma colaboração mais próxima, irá conseguir fazer a Maratona no domingo da Feira. Ou seja, para o ano, as datas serão coincidentes.    



10 – Para terminar, quais são as vossas expectativas para este evento e como é que está a decorrer o processo de organização?


R: Todo o processo está a decorrer bem, até porque temos bastantes pessoas empenhadas para que as coisas corram pelo melhor. Ou seja, todos os elementos da Associação estão a trabalhar no sentido de fazerem com que este primeiro evento seja memorável.

Quanto às expectativas, elas são elevadas. Embora seja uma estreia e a data não seja das melhores, pois este é um período de férias, pelo menos contamos já com as pré-inscrições de várias campeãs nacionais de BTT e de alguns corredores da Taça de XCM bastante bem classificados. Até ao momento, temos cerca de 100 participantes que, com os respectivos acompanhantes, devem chegar às 150 pessoas. No entanto, as inscrições só terminam a 9 de agosto e, por isso, estes números estão, ainda, em aberto. O ideal mesmo seria chegarmos à centena e meia de participantes.

Luís Mota, Pedro Lopes e Márcia Salvador. Os três atletas que competem na Taça de Portugal XCM SportZone 2012, na Classe de Federados
 


"FOI ESPECTACULAR"

Inúmeras actividades desportivas caracterizaram o I Challenger do Académico nas piscinas do clube


Foi no passado fim-de-semana que o Clube Académico de Bragança (CAB) organizou o I Challenger. Um desafio com várias actividades ao ar livre como canoagem, tiro com arco, zarabatana, insufláveis, voleibol de praia e orientação nocturna. Com direito a acampamento de sábado para domingo no espaço das piscinas, participaram no Challenger 14 equipas de dois elementos, o que dá um total de 28 participantes distribuídos por dois escalões. Assim, em Masters, as duplas vencedoras foram: em primeiro, Raul Bartolomeu e Daniel Santos com o nome de equipa “As velhas guardas”; em segundo, Fernando Gomes, o presidente do CAB, e Fernando Sequeira, director do clube e um dos treinadores de hóquei em patins (“Os Nandos”); e, em terceiro, Mário Vaz, atleta do Académico e Diogo Moreira, ex-atleta, agora no Santarém (“Os Zés”).
No escalão B, dos mais novos, em que participavam pais e filhos em equipa, a classificação foi a seguinte: João Minhoto e Abílio Minhoto (“Minhocas”, 1º); Isabel Vaz e Gonçalo (Unidos ao Garrafão”, 2º); e Filipe e Rodrigo Minhoto, ambos com 10 anos, ficaram em 3º lugar.
Quanto ao balanço final, uma das responsáveis pela iniciativa mostrou-se bastante satisfeita pelo resultado alcançado. “Foi espectacular! As expectativas foram superadas e tivemos mais aderência do que aquela que esperávamos. E, para o próximo ano, queremos fazer ainda melhor”, referiu Marta Neves.


Outro elemento da organização foi Alexandre Sadio, que afirmou que o próprio nome dado a esta iniciativa pode ter confundido algumas pessoas. “As perspectivas não eram muitas, até porque as próprias pessoas não tinham ideia do que era um challenger. O próprio nome por ser estrangeiro suscitou muitas dúvidas, mas pelo que pudemos verificar ao longo destes dois dias foi que as pessoas aderiram bastante e que, pelos vistos, gostam deste género de actividades ao ar livre”, resumiu o estagiário do CAB, afirmando que, apesar de ter sido o primeiro, o Challenger foi “um êxito”.

Marta Neves e Alexandre Sadio


ACABARAM-SE AS FÉRIAS

Reunião entre Marcelo Alves e jogadores do GDB dá início à época desportiva 2012/13

Foi este domingo que treinador, direcção e jogadores do Grupo Desportivo de Bragança (GDB) se encontraram pela primeira vez. O objectivo era uma reunião à porta fechada onde Marcelo Alves teve uma conversa com o plantel.
“Vamos falar da pré-época e do campeonato que este ano, como toda a gente sabe, vai ser mais competitivo porque vai acabar a terceira divisão e só vão subir duas equipa. Vamos ter que desenvolver um grupo forte e muito unido para conseguirmos atingir o nosso objectivo, que é ficarmos nos dois primeiros lugares”, adiantou o técnico brigantino.
Ainda sem reforços presentes no Estádio Municipal, o único confirmado é Bernardino. Um atleta muito elogiado por Marcelo, que já o treinou ao serviço do Morais. “É um jogador polivalente, com muita experiência, qualidade, que ajuda a fazer um bom balneário e que é capaz de jogar em três posições distintas”, assegurou. Apesar do treinador confirmar que serão necessários mais dois ou três, sobretudo um avançado, que deverá vir já esta semana. “Precisamos de um central e de um ponta de lança porque o ano passado criámos muitas situações de golo, mas não tínhamos um homem de área que as concretizasse. A nossa equipa tem qualidade técnica e desequilibra muito. Por isso, só nos falta um homem golo”, afiançou. “Vai ser difícil porque não há dinheiro para muitos reforços, mas eu confio na prata da casa. Claro que é preciso ir buscar alguém para dar mais qualidade a esta equipa”, continuou Marcelo (na foto).


Quanto à restante equipa, mantém-se praticamente a mesma do ano transacto. Rui Gil, Ximena e Tamysir renovaram e saíram do GDB Vilaça e Ricardo. Lictcha e Valadares estão, ainda, em negociações. O capitão foi um dos jogadores que renovou por mais uma época. “As expectativas são sempre tentar fazer melhor, mas esta é a primeira vez que estamos juntos, ainda não tivemos qualquer treino, nem tão pouco sei quem irão ser os reforços. Com as dificuldades que o clube está a atravessar, estamos um bocado na expectativa daquilo que vai acontecer”, afirmou Rui Gil, com 34 anos.
“Claro que também temos os miúdos, os juniores que vão fazer a pré-época e se virmos que têm qualidade, potencial e se trabalharem, irão pertencer a este grupo. Será bom para eles e para o clube”, asseverou Marcelo Alves.
Com sete jogos de preparação marcados, o primeiro será com o Chaves já no próximo fim-de-semana, dia 4 de Agosto. Seque-se um jogo em casa, a 7 de Agosto, contra o Vila Real. “São estes jogos de treino que nos permitem tirar ilações quanto àquilo que queremos fazer. Já temos sete jogos marcados e se pudermos marcar mais algum durante a semana ainda melhor”, sublinhou o técnico.

 

Manuel Martins, presidente do GDB

“As expectativas para esta época são fazermos o melhor possível dentro das possibilidades do clube. Vamos tentar dignificar a região, ser honestos no trabalho e ter personalidade e humildade naquilo que fazemos. Dentro das dificuldades que o clube tem, vamos tentar, mais um ano, fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para as coisas correrem bem ao Grupo Desportivo de Bragança. Quanto a reforços, temos o Bernardino, que jogou no Morais e no Macedo, o Saymir que veio do 1º de Dezembro e, depois, temos mais dois que ainda não posso revelar porque ainda não assinaram. Mas a estrutura é a base da equipa do ano passado. Uma boa época, para mim, seria subir de divisão e cumprir com tudo aquilo que vamos prometer.”

31 de julho de 2012

"CONSTRUIR UMA EQUIPA PARA O FUTURO"



Nomeado: Tiago Asseiro (Clube Académico de Bragança)
Cargo técnico: Treinador dos Infantis de Hóquei em Patins
Idade: 30
Profissão: Professor de Educação Física


Entrevista:


1 – Integrada na Associação de Patinagem do Porto, que classificação, quer no Torneio de Abertura, quer no Torneio de Encerramento, é que a tua equipa alcançou?


R: No primeiro alcançámos o sétimo lugar e, no Torneio de Encerramento, não conseguimos melhor que o nono lugar. 



2 – Quais eram as tuas expectativas antes do início da época desportiva 2011/12?


R: As expectativas eram dar patinagem e competição aos atletas, visto tratar-se de uma equipa com pouca ou nenhuma experiencia na competição e de miúdos com muito pouco tempo de patinagem. 



3 – Ficaste satisfeito com os resultados obtidos ou, sinceramente, esperavas algo mais?


R: No torneio de abertura obtivemos um bom resultado comparado com o torneio de encerramento, onde inclusive jogámos contra algumas das melhores equipas nacionais como, por exemplo, o Futebol Clube do Porto, o Gulpilhares e o Valongo. Falamos das melhores escolas de hóquei do país. No torneio de encerramento a classificação podia ter sido melhor, pois em muitos jogos estivemos a vencer até ao último minuto e devido à nossa falta de experiência e competitividade não conseguimos segurar a vitória. Isso aconteceu em cinco ou seis jogos, o que nos roubou muitos pontos. 



4 – Qual é o balanço que fazes deste campeonato?


R: É sempre um balanço positivo quando se vê uma evolução coletiva e individual da equipa. E a prova disso foram os jogos que fizemos no Torneio Triangular organizado pelo Académico ainda este mês. Se compararmos esta equipa de fim da época com a que iniciou o campeonato vê-se, claramente, que está mais consistente, tanto ao nível técnico como táctico.  



5 – Haverá quem te critique por teres optado rodar toda a equipa em detrimento de apostares na vitória. Inclusive, alguns dos pais dos jogadores. Como é que tu reages a essas críticas?


R: Essas são críticas sem qualquer fundamento. Quando estamos a falar de um dos primeiros escalões de formação onde, na minha opinião, devia ser obrigatório que todos os elementos jogassem, à imagem do que acontece nos escalões de benjamins e escolares.

Sempre foi filosofia do Clube a formação de atletas e jovens, independentemente dos resultados. Apesar de, claro, todos gostarmos de vencer e de esse ser um factor de motivação, para além de um objetivo para todos os jogos. Mas quando se entra em competição com uma equipa tão nova, onde o principal objectivo é adquirir experiência, técnica e construir uma equipa para o futuro, jogarem cinco ou seis miúdos e só esses evoluírem e não dar aos outros essa oportunidade e igualdade não faz sentido. Não me arrependo de ter feito isso e fi-lo sempre a pensar no crescimento destes miúdos. Sem essas oportunidades, teríamos hoje uma equipa desequilibrada e, provavelmente, sem futuro.  



6 – Então, o facto de teres incluído jogadores dos escolares nos infantis foi uma mais-valia?


R: Sem dúvida que foi uma mais-valia porque se tratavam de jogadores altamente competitivos que trouxeram muito à equipa e isso permitiu aos mais velhos jogarem num ritmo mais elevado e crescerem também como jogadores. 



7 – Enquanto ex-jogador, como é que analisas o facto de haver apenas uma equipa transmontana no campeonato do Porto? Achas que isso prejudica a formação academista?


R: Prejudica-nos em relação às viagens que temos que fazer quando jogamos fora. Como são muitos quilómetros o cansaço é bastante evidente em alguns dos encontros, que são todos na zona do Porto. Esse facto é prejudicial à modalidade, pois não se desenvolve tanto no interior. No que diz respeito ao Clube Académico de Bragança, tem lutado e feito um esforço admirável para o desenvolvimento do hóquei em patins na cidade e na região. 



8 – Poder-se-á afirmar que o hóquei em Trás-os-Montes já conheceu melhores dias. Na tua opinião, achas que estamos a trilhar um caminho que nos poderá levar de novo à glória de outros tempos ou pensas que isso será impossível?


R: O hóquei em patins em Bragança começou novamente do zero. No espaço de três, quatro anos, triplicámos o número de atletas. De cerca de 40, apontamos esta época para mais ou menos 120 e duplicámos também o número de equipas em competição. Ou seja, de duas passámos para quatro e isso é de louvar. O hóquei é uma das modalidades mais complexas que existe e, sem dúvida, uma das mais difíceis de aprender e, por isso, leva o seu tempo. No entanto, penso que o trabalho que está a ser desenvolvido pela direção e por todos os treinadores dará os seus frutos no futuro e devolverá ao Académico o estatuto em tempos adquirido como um dos melhores clubes de formação a nível nacional.



9 – Para terminar, o que é esperas alcançar na próxima temporada? O que é que seria para ti um bom campeonato?


R: A época de 2012/13 será para nós um grande desafio. A meu cargo terei a equipa de iniciados, constituída por 14 atletas, sendo que quatro serão infantis. Quanto aos objetivos, estes passam por tentar construir uma equipa competitiva e equilibrada que alcance a melhor classificação possível. Mas, mais importante ainda, pretendo formar atletas e jovens.